Milagres constantes

  • 31/03/2025
Milagres constantes
Milagres constantes (Foto: Reprodução)

O sustento de uma pessoa é tão difícil quanto a divisão do mar. (Pesachim118)

A união de alguém com um companheiro é tão difícil quanto a divisão do mar (Sota 2).

Há uma pergunta clássica e óbvia aqui clamando por uma resposta? “Há algo maravilhoso demais para HASHEM!?” Trata-se de uma pergunta retórica. Afirmativamente declarado, HASHEM [O Nome, significando D’eus] pode fazer qualquer coisa! Então, a questão é sobre essas duas declarações do Talmud equiparando a dificuldade de dividir o mar com ganhar a vida e encontrar um parceiro para o casamento. Nada é difícil para HASHEM! Há muitas respostas e abordagens esclarecedoras para essa pergunta. Eu gostaria de experimentar duas para ver o tamanho.

As pessoas sempre me perguntam: “Rabino, você realmente acredita que HASHEM dividiu o mar?” Minha resposta é simples. “Sim!” No entanto, o questionador precisa de uma explicação que primeiro se encaixe em sua visão de mundo antes de se estender, desafiar suas suposições e destruir seu paradigma. O que chamamos de natureza é, na verdade, repetir milagres. Se algo acontece uma vez, chamamos de milagroso. Se acontece repetidamente e previsivelmente, chamamos de natureza. Se um bebê nascesse na ponta de uma árvore, o mundo ficaria surpreso. Se isso acontecesse repetidamente em árvores na planície frutífera, seria um incômodo. Tudo o que mudou foi a regularidade do evento.

Alguns eventos acontecem uma vez na história, como a divisão do mar. Não foi difícil para HASHEM fazer isso. HASHEM pode fazer qualquer coisa. Outras coisas acontecem uma vez na vida, como encontrar um companheiro [para a vida]. Não é menos milagroso do que a divisão do mar e, embora aconteça com tantas pessoas, não deveria ser menos surpreendente para nós. Existem alguns eventos que acontecem todos os dias, como ganhar a vida. Embora isso aconteça o tempo todo, nos dizem que não é menos maravilhoso em sua enormidade e generosidade individualizada do que a divisão do mar.

Qual foi a reação do povo judeu quando eles estavam entrando na Terra de Israel, no final de quarenta anos no deserto, e depois de terem vivido durante todo esse tempo com Maná do Céu, e então eles viram árvores com frutas coloridas penduradas nos galhos?! Como era novo para eles, eles consideraram isso espantosamente milagroso, e mais do que o Mana que havia se tornado comum. Para nós, as árvores não fazem isso, mas se o Maná caísse, ficaríamos surpresos.

A abordagem número dois é muito diferente. Meu filho me disse em nome do [rabino] Sefas Emes, que o Sefas Emes faz uma observação perspicaz sobre essa questão das coisas serem “kasha” [difíceis] para HASHEM. Ele diz que há outro “kasha” – mencionado no Talmud e ninguém pergunta sobre esse assunto que também é descrito como sendo DIFÍCIL para HASHEM. Quando se trata do fim de Sucot, há um Yom Tov ("dia bom", refere-se a dias santos ou festividades no calendário judaico) separado e autônomo chamado Shimini Atzeret (festividade judaica). Os sábios descrevem a razão para essa aparente extensão de Sucot. HASHEM diz, “KASHA Alai Predaschem” – “O que é difícil para Mim é sua partida!”, “Eu odeio ver você partir!”.

O Sefas Emes explica que esse “KASHA” de que é difícil para HASHEM nos fazer partir, é o mesmo KASHA nas declarações dos sábios sobre ganhar a vida e encontrar um par. O que torna KASHA difícil para HASHEM, por assim dizer, é que se HASHEM nos concedesse o que mais precisamos automaticamente e sem preocupação, luta e oração, então há uma preocupação de que logo após obtermos o que buscamos, assumiríamos que era natural e poderíamos então abandonar HASHEM. Esse é o KASHA. HASHEM, como um pai amoroso deseja cobrir Seus filhos com todo o bem, mas muito bem ou muito de uma coisa boa pode nos estragar e ser a causa para nos esquecermos de HASHEM. Pergunta, o Sefas Emes, então qual é a resposta adequada quando somos tratados com o que mais precisamos e desejamos? O Sefas Emes responde, o mesmo que quando o Povo de Israel experimentou a divisão do mar, eles cantaram em uníssono SHIRA (canção) para HASHEM. A canção é a resposta apropriada para aquele que percebe que ele é o beneficiário da bênção de milagres constantes.

Tradução: Mário Moreno

 

Mário Moreno é fundador e líder do Ministério Profético Shema Israel e da Congregação Judaico Messiânica Shema Israel na cidade de Votorantim. Escritor, autor de diversas obras, tradutor da Brit Hadasha – Novo Testamento e conferencista atuando na área de Restauração da Noiva.

*O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Purim, o despertar de um povo

FONTE: http://guiame.com.br/colunistas/mario-moreno/milagres-constantes.html


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